segunda-feira, junho 23, 2008

Veronika Decide Morrer


Apesar do puco tempo que agora tenho para ler por causa dos exames e trabalhos que tenho tido ultimamente, mas sempre se dá um jeitinho.
Ontem terminei de reler "Veronika Decide Morrer", de Paulo Coelho. Confesso que foi único livro dele que li até hoje (apesar de ser um escritor muito conhecido e com muitos livros publicados) e adorei simplesmente o livro. Não é que seja uma grande história daquelas que nos prendem a atenção desde a primeira página até ao último ponto paragrafo, nem que esteja assim tão bem escrito. O que eu gosto realmente neste livro é a mensagem/lição que o autor tenta transmitir. Fala sobre a loucura. Sobre o que é realmente a verdadeira loucura. Não será mais louco aquele que usa uma gravata só porque faz parte da etiqueta do que aquele que diz que a gravata é simplesmente um bocado de tecido colorido que os homens usam ao pescoço e que só serve para dificultar a respiração? Não serão mais loucas aquelas pessoas que tentam ser iguais a todas as outras, imitando-as, não se perguntando porque o fazem, tentando simplesmente parecer normais, do que aquelas que são livres e espalham aos sete ventos tudo o que sentem, fazendo o que os seus corações dizem para fazer porque o acham mais lógico, não se preocupando minimamente com o que os outros pensam de si?
Este livro fala sobre Veronika, uma jovem eslovena que decide por um fim à sua vida afim de que esta não se torne simplesmente numa sucessão de dias monotonamente iguais uns aos outros. E decide fazer isso enquanto ainda é jovem e coragem para isso. Decide tomar uma dose excessiva de calmantes que não a matam por um triz. No entanto ela acaba por ir parar a um sanatório, onde ficamos a conhecer a história de outros pacientes. Contudo o médico responsável diz-lhe que ela apenas tem mais uma semana de vida, que os danos provocados pelos medicamentos afectaram irremediavelmente o seu coração. Há medida que vai travando conhecimento com os outros internos vai-se soltando e conhecendo as outras Veronikas capazes de odiar, de procurar os seus próprios limites, que sempre viveram dentro de si mas que estiveram adormecidas. Com esta invasão de suposta loucura, acaba por ganhar o desejo de viver, acabando também por se apaixonar por um jovem esquizofrénico. Mas agora se calhar já é tarde demais. Ou talvez não.
A história de Veronika acaba por mexer com todos os outros internos, pelo menos com os mais conscientes.
Esta história incentiva-nos a não termos medo de sermos nós próprios, de nos mostrarmos aos outros por termos receio que nos julguem loucos. Numa sociedade tão preocupada em manter a sua imagem este livro lança-nos um grito de liberdade.

Contra-capa:
"Veronika vive os mesmos sonhos e desejos de qualquer jovem em qualquer lugar do mundo. Tem um emprego razoável, mora num pequeno quarto que lhe dá o prazer da privacidade. Frequenta bares movimentados. Encontra rapazes atraentes e sai com alguns deles. Mas, ainda assim, Veronika não é feliz. Alguma coisa falta na sua vida. e é por isso que, na manhã de 11 de Novembro de 1997, Veronika decide morrer.
Fantasia e sonho. Paixão e loucura. Desejo e morte. No seu caminho para a morte, Veronika percebe que cada minuto da existência é uma opção entre viver e desitir. Veronika experimenta prazeres novos e descobre que há sempre um outro sentido para a vida. Só que o tempo é curto. Veronika decidiu morrer e este caminho não tem volta."

«...seja como a fonte que transborda e não como o tanque que contém sempre a mesma água.»

Errata - Twilight

Ao contrário do que eu disse aqui quando falei sobre a saga Twilight, o "Eclipse" não é o último livro da saga, nem o "Breakinga Dawn" não é nada sobre o ponto de vista de Edward mas sim a continuação a partir do ponto onde se ficou em "Eclipse". Sendo assim, esta saga não é uma trilogia mas sim uma tetralogia. Este erro deveu-se a uma má tradução da minha parte do site da autora (como a maioria das pessoas que me conhece sabe, o inglês não é propriamente o meu forte).
"Breaking Dawn" será lançado nos EUA a 2 do próximo mês de Agosto, o que infelizmente também quererá dizer que, se acontecer como com o último livro da saga, que foi lançado lá em Agosto do ano passado, os seguidores portugueses ainda terão uma longa espera até sair o livro cá.
No entanto podemo-nos ir distraindo com o filme que terá a sua estreia mundial a 12 de Dezembro deste ano.
Para mais informações sobre a saga e a autora em:
* www.stepheniemeyer.com (pagina oficial da autora)
* www.twilightthemovie.com (onde tem mais informação sobre o filme em particular e onde se pode ver trailer teaser do filme e uma cena inédita do filme)
* twilightportugal.blogs.sapo.pt (o site que referi no post "Crepúsculo" mudou para este endereço)

quinta-feira, junho 05, 2008

Crazy, a história de um jovem


"Crazy, a história de um jovem", de Benjamin Lebert, conta a história de um rapaz com o mesmo nome e a mesma idade do autor (atenção, apesar disso não se trata de uma autobiografia), que sofre de hemiplegia, uma deficiência que lhe paralisa todo o seu lado esquerdo e que aos 16 anos vai parar a um internato. Lá acaba por fazer amigos com quem vai partilhar as aventuras mais "crazy".
Ao fim de algum tempo Benjamin e os seus novos colegas acabam por fugir do Castelo de Neuseelen, e vão até Munique. Pelo caminho conhecem um ex-interno, Sambraus, que os acompanha durante a viagem até ao seu destino.
Ao longo de toda a história, o grupo de amigos vai-se colocando questões sobre a vida, sobre as raparigas, sobre tudo o que os rodeia, sobre o que realmente é "crazy", às quais respondem com sabedoria, à maneira da sua idade.

Contra capa:
"O narrador e o autor têm o mesmo nome e a mesma idade, e este relato na primeira pessoa confronta-nos com a dura realidade de um adolescente aluno de colégio interno, saudoso do calor familiar, que de certo modo supre essa falta integrando-se num pequeno grupo de amigos. É o seu rito de passagem para uma idade em que se começa a questionar tudo, em que se assumem os primeiros riscos, aventuras tantas vezes inconsequentes mas que proporcionam as primeiras experiências de algo que já não é a infância - a partilha, a solidão, a diferença, a descoberta da sexualidade, a transgressão das regras... Numa linguagem simples e directa, mas não isenta de humor e inteligência, este primeiro romance de um jovem de 16 anos revela uma grande energia e um excelente domínio dos seus meios de expressão. Um livro que conheceu desde o seu lançamento, na Alemanha, uma extraordinária adesão por parte de um leque de leitores de várias camadas etárias, fenómeno que, aliás, tem vindo a repetir-se noutros países e continentes."

Resumo da editora:
"Escrito por um jovem autor de 16 anos, este livro, a grande sensação do momento na Alemanha, conta, em jeito de crónica, as aventuras de um rapaz, com o mesmo nome e idade do próprio autor, e as suas experiências num colégio interno. Benjamin, o personagem e não o autor, sofre de uma paralisia parcial no lado esquerdo do corpo, e não fica muito contente ao saber que vai deixar a sua casa e a sua família. Mas assim que conhece o seu carismático companheiro de quarto no colégio interno, Janosch, e o seu grupo de amigos, Benjamin rapidamente se adapta. Estes seis amigos partilham aventuras proibidas tais como visitas noturnas ao dormitório das raparigas ou escapadelas até Munique. Entretanto, nada se perde e tudo serve de aprendizagem, numa tentativa de conseguirem ter uma interpretação do significado da vida e saber realmente o que é mais importante: raparigas? amizade? crescer e tornarem-se adultos? ou simplesmente continuarem a viver a vida na sua própria loucura? Crazy revelou-se um êxito espantoso na Alemanha e tem ganho uma grande adesão por parte de um leque de várias camadas etárias, fenómeno que tem vindo a repetir-se noutros países."